sábado, 12 de setembro de 2009

Sopro de Vida


Leopoldo Napoleão


O vento derruba as folhas das árvores.
Os homens cortam os seus galhos,
Mas rígido permanecerá o seu tronco.
Entre as diferenças da árvore e o poeta,
digo eu, as folhas quando caem,
E o poeta quando morre,
Normalmente se devem às intempéries da vida,
É a lei da natureza,
Porque tudo que tem vida, um dia chegará ao fim.
Quando cortam os galhos das árvores,
É o mesmo que a tentativa da burguesia
Ao frear a mão do poeta
Em confronto com os anseios mercantilistas.
E tronco é a inteligência que está enraizada,
E até amputarem as mãos dos sábios, tudo pode acontcer.
Já o cérebro nem a morte tirará,
O que foi pensado ao longo de uma vida,
Visto que depois da palavra escrita,
A verdade ficará para eternidade,
E jamais serão apagados os pensamentos dos poetas.
A burguesia, em sua busca pelo poder
Massacra aqueles que lhe incomodam.
Os poetas deixam, através da palavra escrita,
A verdade e a transparência aos menos
esclarecidos,
Para que eles possam amanhã serem
conhecedores de seus direitos
E lutarem por eles.

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